Posted: 20 May 2012 07:54 AM PDT
Um ritual é um conjunto de gestos, palavras e
formalidades, geralmente imbuídos de um valor simbólico, cuja performance é ,
usualmente, prescrita e codificada por uma religião ou pelas tradições da
comunidade.
O ritual faz parte de todo contexto sócio-cultural da
humanidade; são característicos de quase todas as sociedades humanas
conhecidas, passadas ou atuais. Eles podem incluir os vários ritos de adoração
e sacramentos de religiões organizadas e de cultos, mas também os ritos de
passagem de certas sociedades, como coroações, posses presidenciais, casamentos
e funerais, eventos esportivos e outros. Várias atividades que são
ostensivamente executadas para concretizar propósitos, como a execução da pena
de morte e simpósios científicos, são carregados com ações simbólicas
prescritas por regulamentos ou tradição e, portanto, parcialmente
ritualísticos. Várias ações comuns, como aperto de mão ou cumprimento podem ser
entendidas como pequenos rituais.
As religiões e seus matizes simbólicos utilizam os
rituais como forma prática de vivenciar a fé e proporcionar um relacionamento
dinâmico com suas Divindades.
"Os rituais realizados pelos diferentes grupos
religiosos estão de acordo com a interpretação que os dirigentes de cada
Templo, Igreja ou Terreiro dão aos ensinamentos que lhes foram passados
(normalmente por quem lhes ensinou a Doutrina que professam) e continuam sendo
passados (intuitivamente) pelo acompanhamento espiritual de cada um. Levemos em
conta ainda que, em se tratando de grupos espíritas, de contato efetivo com
entidades astrais, os ensinamentos costumam vir com muito mais frequência e
normalmente adaptados à condição de cada Centro ou Grupo de Trabalho. E é
exatamente essa adaptação que faz com que as práticas e os rituais sejam às
vezes tão diferentes. Porém, todos estão certos desde que se direcionem para o
que se chama de religação ou religião." (Cláudio Zeus)
A Umbanda é marcada por ritualísticas, desde o
momento em que se adentra ao Terreiro, saudando a Porteira e demais Firmezas,
enveredando pelo bater cabeça, pela formação da gira, pelos pontos cantados e
riscados, pela defumação e o banho de ervas, o acender de velas e o cruzamento
com pembas, as saudações aos Orixás, etc, tudo marca um ritual e um Fundamento
na Lei de Umbanda.
Existem críticas a estes
rituais, quando se afirma que são práticas que não são necessárias à realidade
espiritual, desde que o espírito não necessita da matéria para desempenhar o
seu trabalho. Outros vão mais longe e afirmam que são práticas próprias do ser
não evoluído, preso ainda a tudo que envolve a matéria grosseira. Só temos que
lamentar esta visão distorcida, arraigada a conceitos pré-estabelecidos por
Doutrinas que se consideram a única escolhida por Deus para propagar a verdade.
Se avaliassem com um mínimo de humildade entenderiam que todas as religiões se
completam e todos os rituais, próprios de cada uma, é o canal de ligação com a
espiritualidade e que só se chega a um fim através dos meios, d'onde os meios
ritualísticos são utilizados pela espiritualidade porque eles, mais do que nós,
sabem respeitar o ambiente o qual interagem, se utilizando de todas as
ferramentas nele disponíveis para o objetivo que queiram alcançar. Sem falar no
Fundamento, no mistério contido em cada ação ritualística, que só os executores
da Lei Maior conhecem.
Que nos nossos rituais do dia a dia possamos incluir
a nossa fé livre de qualquer preconceito, que aprisiona mais do que liberta.
Fontes de Pesquisa:
Umbanda Sem Medo - Cláudio Zeus
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