1
– Psicografia
A
primeira menção sobre psicografia dentro da Umbanda é de Rubens Saraceni. Com
mais de 50 obras o sacerdote divide seus livros entre os que fundamentam a
Umbanda em seus diversos aspectos e os romances psicografados.
Rubens
iniciou um processo que ia na contramão do que se considerava “correto”. Hoje,
é fácil encontrar obras de diversos autores umbandistas que psicografam
romances mediúnicos, porém, nem sempre eles foram bem aceitos.
Em
entrevista com a Revista Sexto Sentido, Pai Rubens Saraceni contou que quando
deu início a prática de psicografar na Umbanda recebeu diversas críticas,
inclusive de irmãos kardecistas, porém respondeu a elas dizendo “Médium é
médium, seja de Umbanda, Candomblé ou Espiritismo, não importa a doutrina que
ele siga. Eu mostrei que o dom da pessoa independe da formação religiosa e que
tendo o dom, ela canaliza o que o astral quer“.
2 – Psicometria
Pode
ser entendida como a mediunidade que possibilita que o médium obtenha
informações sobre a história do objeto em questão. A edição 47, da Revista
Cristã do Espiritismo publicou um artigo sobre o termo, contando que o seu
surgimento se deu em 1849 pelo médico norte-americano J. Rhodes Buchanan.
No
texto Érika Silveira descreve a psicometria (pela visão do médico) como o
método de estudo que consistia em apresentar aos pacientes objetos pertencentes
ao presente ou passado de uma pessoa. “Os sonâmbulos passavam a descrever cenas
relativas às épocas de existência do objeto e até mesmo o próprio caráter da
pessoa a quem pertencia o objeto psicometrado” descreve Érica.
Depois
disso estudiosos espíritas também se empenharam em se aprofundar no estudo
desse fenômeno.
Pai
Alexandre Cumino descreve no livro Médium – Incorporação não é Possessão essa
projeção como “a leitura do registro astral e temporal que fica em cada objeto
revelando seu histórico.”
3 – Psicofonia
Nessa
modalidade o espírito se comunica por meio da fala do médium transmitindo sua
mensagem. Um caso que gerou polêmica e ficou conhecido em todo o país, foi o do
deputado Luiz Carlos Bassuma, que durante uma sessão solene diz ter recebido a
mensagem de um espírito. Clique aqui e assista.
4 – Xenoglossia
Resumidamente,
a xenoglossia pode ser tipificada como a capacidade que o médium desenvolve de
falar em línguas que nunca aprendeu ou sequer teve contato.
5 – Clariaudiência
Ouvir
a voz do espírito. Pai Rodrigo Queiroz fala sobre esse dom no curso Mediunidade
na Umbanda “a clauriaudiência é a capacidade de ouvir os espíritos ao vivo,
você não ouve espírito no passado, nem no futuro e também não ouve coisas
acontecendo fora do lugar, não tem premonidiência, nem nada disso, tem
clariaudiência, que é quando um guia espiritual se aproxima de você, fala e
você escuta. Escuta assim como está me escutando, isso sim é clariaudiência.”
6 e 7 – Clariolfativo e
Clarigustativo
Dom
de sentir aromas e/ou gostos presentes no mundo espiritual, ou seja, que não
estão materializados nesse plano.
8 – Clarividência
Esse
fenômeno ocorre quando o médium consegue ter a visão do mundo astral. É uma
mediunidade mais difícil de se encontrar, e às vezes há também uma confusão
entre a pessoa que possui clarividência e aquele que vê “vultos”
esporadicamente.
O
clarividente manifesta o dom a qualquer momento, basta que esteja concentrado.
Isso acontece principalmente quando a pessoa está no terreiro, o mesmo processo
que ocorre a incorporação no médium.
9 – Vidência
Nessa
modalidade de mediunidade encontramos o médium que consegue conceber imagens de
fatos e cenas que existem/existiram em algum lugar.
Pai
Rodrigo Queiroz também explica isso no curso de Mediunidade “A vidência é
quando a pessoa abre uma visão e às vezes abre-se uma tela na frente dela,
semelhante a um computador, abre essa tela/janela e ela consegue enxergar uma
cena e/ou situação. Um indivíduo em outro ambiente, lugar ou tempo e traduz
isso, isso é vidência.”
10 – Pictografia
Conhecido
como pintura mediúnica a pictografia é o dom de pintar e produzir arte
conduzido pelo espírito. Nesse ato, a entidade toma as funções motoras do
médium desenvolvendo a pintura como forma de manifestação.
11 – Inspiração ou irradiação
Consiste
em “escutar” mentalmente ou intuir algo, mas é importante ressaltar que difere
da clariaudiência, pois nessa modalidade, como já dito, o médium escuta
claramente a voz do espírito, podendo até identificar e discernir o timbre da
voz de seu mentor. A inspiração é algo mais sutil.
12 – Projeção astral
Nesse
tipo de mediunidade o perispírito ou a alma da pessoa se projeta para fora do
corpo realizando a famosa viagem astral.
Esse
desdobramento ocorre quando o espírito da pessoa tem alguma tarefa no astral e
se “desliga” temporariamente do seu corpo físico para executa-la.
preleção Douglas.
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