OS TRONOS DE DEUS NA UMBANDA

Os Sagrados Orixás/ Tronos de Deus, são Poderes Divinos ou qualidades manifestadas de Olorun (Deus), assentados à sua volta no Orun (morada interior de Deus, onde ninguém em evolução penetra). As 7 qualidades de Deus, 7 Sentidos da Vida ou 7 Linhas de Umbanda, são:


1) Fé- Oxalá (Trono Masculino e Universal) e Logunã (Trono Feminino e Cósmico);
2) Amor- Oxumaré (Trono Masculino e Cósmico) e Oxum (Trono Feminino e Universal);
3) Conhecimento- Oxossi (Trono Masculino e Universal) e Obá (Trono Feminino e Cósmico);
4) Justiça- Xangô (Trono Masculino e Universal) e Egunitá (Trono Feminino e Cósmico);
5) Lei- Ogum (Trono Masculino e Universal) e Yansã (Trono Feminino e Cósmico);
6) Evolução- Obaluaê (Trono Masculino e Universal) e Nanã (Trono Feminino e Cósmico);
7) Geração- Omulu (Trono Masculino e Cósmico) e Yemanjá (Trono Feminino e Universal);

Os 7 Sentidos da Vida/7 Linhas de Umbanda/7 Pares de Tronos/7 Pares de Sagrados Orixás, correspondem, respectivamente, aos seguintes chacras e às seguintes energias/vibrações elementais:


1) Fé- Chacra Coronal/ Vibração Cristalina;
2) Amor- Chacra Cardíaco/ Vibração Mineral;
3) Conhecimento- Chacra Frontal/ Vibração Vegetal*;
4) Justiça- Chacra Umbilical/ Vibração Ígnea (Elemento Fogo);
5) Lei- Chacra Laríngeo/ Vibração Eólica (Elemento Ar);
6) Evolução- Chacra Esplênico/ Vibração Telúrica (Elemento Terra)**;
7) Geração e Criatividade- Chacra Básico/ Vibração Aquática (Elemento Água)***;

* O Trono Masculino e Universal do Conhecimento/Sagrado Pai Oxossi tem como vibração a vegetal, porém, o Trono Feminino e Cósmico do Conhecimento/Sagrada Mãe Obá tem como vibração a telúrica (terra). Trazendo-os para a natureza, no elemento vegetal, ela seria representada pela raiz de uma árvore, por exemplo.


** O Trono Masculino e Universal da Evolução/Sagrado Pai Obaluaê tem como vibração telúrico-aquática (terra-água), enquanto o Trono Feminino e Cósmico da Evolução/Sagrada Mãe Nanã tem como vibração aquático-telúrica (água-terra). Trocando em miúdos, ele é ativo na vibração telúrica e passivo na vibração aquática e ela é ativa na vibração aquática e passiva na vibração telúrica.


*** O Trono Masculino e Cósmico da Geração e Criatividade/Sagrado Pai Omulu tem como vibração a telúrica (terra), enquanto o Trono Feminino e Universal da Geração/Sagrada Mãe Yemanjá tem como vibração a aquática (água). Trazendo-os para a natureza, ela é representada pela água do mar e ele pela areia.


Os Sagrados Orixás Omulu e Obá são telúricos puros (terra pura), enquanto os Sagrados Orixás Obaluaê e Nanã são mistos terra-água e água-terra conforme descrito anteriormente.
Entende-se por Trono/Orixá Universal aquele que é Regente e atua de forma passiva e por Trono/Orixá Cósmico aquele que é Guardião e atua de forma ativa.
Ex: No Divino Trono da Justiça, o Sagrado Pai Xangô é o Trono Masculino e Universal, atua de forma passiva, como a chama abrasadora. A Sagrada Mãe Egunitá é Cósmica, atua de forma ativa, como o fogo consumidor.

O Senhor Orixá Exu/Trono da Vitalidade e a Senhora Orixá Pombagira/Trono dos Desejos, atuam externamente nos domínios de todos os tronos anteriormente descritos, amparando-os e guardando-os.
CORES DAS VELAS DOS SAGRADOS ORIXÁS:

1) Sagrado Pai Oxalá- Vela Branca
2) Sagrada Mãe Logunã- Vela Azul Noite
3) Sagrado Pai Oxumaré- Vela Azul Turquesa
4) Sagrada Mãe Oxum- Vela Rosa
5) Sagrado Pai Oxossi- Vela Verde
6) Sagrada Mãe Obá- Vela Magenta
7) Sagrado Pai Xangô- Vela Vermelha ou Marrom
8) Sagrada Mãe Egunitá- Vela Laranja
9) Sagrado Pai Ogum- Vela Azul Indigo
10) Sagrada Mãe Yansã- Vela Amarela
11) Sagrado Pai Obaluaê- Vela Violeta
12) Sagrada Mãe Nanã- Vela Lilás
13) Sagrado Pai Omulu- Vela Roxa
14) Sagrada Mãe Yemanjá- Vela Azul Clara
15) Sagrado Orixá Exu- Vela Preta
16) Sagrada Orixá Pombagira- Vela Vermelha
17) Ainda há o Orixá Exu Mirim, que é reverenciado com vela bicolor vermelha e preta.
Sabemos que algumas destas cores contrariam o que vem sendo ritualizado até então na Religião de Umbanda, porém, deixo aqui registrado que elas são baseadas nas cores das ondas vibratórias destas divindades espalhadas por toda a Criação Divina.
À quem quiser aprofundar-se na abertura destes mistérios divinos, recomendo as seguintes obras do Sr. Rubens Saraceni (todas publicadas pela Madras Editora): Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada, Código de Umbanda, Gênese Divina de Umbanda Sagrada, Lendas da Criação- A Saga dos Orixás.

Segura a pemba Cabocla!

A Jurema, sem dúvidas, é a Cabocla mais conhecida dentro da Umbanda e Catimbó. Mas quem é essa Cabocla?
Os itãs contam que ela é filha de Tupinambá, o grande cacique da tribo mais conhecida do Brasil, mas isso pode ser apenas uma referência à origem dessa linha, já que a falange dos Caboclos nasce do contato do negro com os indígenas nos Quilombos.
Viram que os índios cultuavam uma árvore sagrada para eles, chamada JUREMA, encontrada no Nordeste brasileiro e que tem princípios psicoativos.
Eles a usavam para rituais de pajelança, onde conseguiam ter contato com os seus deuses.
Dessa forma, Jurema se tornou o sinônimo da morada dos Deuses, como Aruanda ou Órum é para nós de matrizes Afro.
Por isso se diz que “Caboclo vem do Juremá”, que ele vem da terra dos bons espíritos, onde estão nossas entidades.
Jurema então se tornou um título para as entidades que abrigam a força das matas. Se mostra como uma mulher forte e guerreira, caçadora exímia e companheira de Oxóssi.
A Cabocla Jurema é a representante das indígenas mulheres que são tão fortes quanto os caciques, indo à caça e provendo o alimento à tribo. Vem na vibração de Iansã e anda sempre com uma onça pintada ao seu lado, então… NÃO MEXAM COM ELA!
Por MARCELO MORENO (Magia do Axé)

Orixás


Irmãos, vocês já se perguntaram:
-        Quem sou eu? De onde vim? Por que sou assim?
          Tantas perguntas sem respostas, não é?
          Estas duvidas geram ”inseguranças”, “conflitos” e nos faltam respostas, quanto a nossa verdadeira “origem”…
          Sempre ensinaram a nós “debaixo para cima”, se não vejam:
Cultuando os guias: Cafezinho para Preto-velho, coco para os baianos, farofa para Exú, etc., levando para os Orixás em seu ponto de força as oferendas, etc. e depois disso…   “Olorum”, mas como cultuar a Olorum se os próprios praticantes desconhecem “um culto familiar a Olorum?”
          Bem primeiro vamos esclarecer que para nós umbandistas, Olorum é Deus e é o principio de tudo.
          Olo: senhor; orum: (o além, o céu) = Senhor do Céu.
          Olorum é o Senhor do céu é o Senhor Supremo do destino e é o principio de tudo, inclusive dos Orixás, que são os concretizadores e administradores da sua criação.
          Através da ciência divina (Gênese), revela que Olorum é o principio criador e que está na origem de tudo.
           De seu interior gera de forma única todo o tempo e o tempo todo, gerando no micro e no macro, as suas “essências”.
          “Olorum é, em si mesmo, o princípio masculino e feminino, ou seja, a dualidade como, ativo – passivo irradiante – concentrador, positivo – negativo, etc.
Nessa dualidade macho e fêmea faz surgirem os Orixás masculinos e femininos, ativo – passivo, etc.
          Então temos:
  • Oxalá: É a qualidade congregadora de Olorum
  • Oyá: É a qualidade condutora de Olorum
  • Oxum: É a qualidade conceptiva de Olorum
  • Oxumaré: É a qualidade renovadora de Olorum
  • Oxóssi: É a qualidade expansora de Olorum
  • Obá: É a qualidade concentradora de Olorum
  • Xangô: É a qualidade equilibradora de Olorum
  • Egunitá: É a qualidade energizadora de Olorum
  • Ogum: É a qualidade ordenadora de Olorum
  • Iansã: É a qualidade direcionadora de Olorum
  • Obaluaiê: É a qualidade evolucionista de Olorum
  • Nanã Buruquê: É a qualidade racionalizadora de Olorum
  • Iemanjá: É a qualidade geradora e criativista de Olorum
  • Omulu: É a qualidade estabilizadora de Olorum
  • Exú: É a qualidade vitalizadora de Olorum
  • Pomba – gira: É a qualidade estimuladora de Olorum
Olorum em suas múltiplas qualidades está em toda a sua criação, e todos estão n’Ele porque, d’Ele todos fomos gerados, é onipotente porque tudo e todos são só exteriorizações de suas vontades e eles prevalecem em nossas vidas.
Ele é onisciente, onipotente, onipresente e oniquerente, Ele sabe tudo e todo o saber dimana d’Ele, tudo pode e todo o poder provém d’Ele.
Então irmãos umbandista, amem Olorum o nosso Criador com todo seu amor, louvem-o com toda sua reverência, cultue-o com toda a sua fé, manifeste-o no seu virtuosismo porque todas as virtudes derivam d’Ele.
Vamos então cultuar Olorum com todo amor, carinho, dedicação e gratidão, porque Ele nos gerou e nos deu vida! “Animou-nos com seu Sopro Divino e tem nos sustentados desde que num ato de generosidade, dotou-nos com uma consciência e com livre arbítrio”.
     Texto Extraído do Livro – Orixás – Teogonia de Umbanda – Rubens Saraceni.
     Temos muito que aprender sobre Olorum o nosso Criador não é?
     Mas amá-lo, saber que viemos de seu interior e que fomos gerados por amor, que Ele criou um planeta Terra abençoado cheio de “natureza” para “nós” seus filhos criações suas, e que o “cordão” da vida humana ungido na nossa “Coroa” nunca nos separaremos do nosso Pai.
Cultue Olorum e consagre seus poderes em bênçãos na sua vida.
Pois o Pai  Olorum é o próprio Dom da vida.
Os elementos, as criaturas, as espécies, as dimensões, as energias que dão origem as essências que formam os elementos materiais que utilizamos no nosso dia-a-dia tais como: flores, frutos, água, essência, perfumes, ervas, chuva, cachoeira, mar, montanhas, mata, etc., enfim tudo é parte de nós mesmos seja “você” sim a “oferenda” viva para Olorum, sabe como? Sendo leal, amigo, honesto, verdadeiro, alegre, humilde, simples, amoroso, compreensivo, paciente, caridoso e etc.
Só assim conseguiremos senti-lo no nosso mais íntimo dos íntimos em nossa própria consciência.

CONFIE QUE SOMOS CONDUZIDOS POR FORÇAS DIVINAS, QUE NÃO ESTAMOS SOZINHOS, QUE SOMOS A PRÓPRIA IMAGEM E SEMELHANÇA DE OLORUM…

          Culto familiar a Olorum
Agora mostraremos como cultuar nosso amado Pai Olorum dentro das famílias umbandistas.
Estender sobre uma mesa uma toalha branca com franja rendada de cor dourada; no centro dela deve-se colocar um prato de louça totalmente branca, no centro do prato deve-se firmar uma vela branca; à volta da vela devem “polvilhar” farinha de trigo ou grãos de trigo; por cima dos grãos ou da farinha deve polvilhar açúcar; por cima do açúcar deve derramar mel; e a seguir acender 7 velas em volta do prato central nestas cores: azul, verde, rosa, lilás, amarela, vermelha e violeta cada uma em um pires branco também cobertos com trigo, açúcar e mel. Após isso feito, todos devem se sentar à volta da mesa e um dos presentes fará esta oração evocatória
ORAÇÃO A OLORUM

            OLORUM, SENHOR NOSSO DEUS E NOSSO DIVINO CRIADOR, NÓS TE SAUDAMOS E TE LOUVAMOS NESTE MOMENTO DE NOSSA VIDA E DE NOSSO DESTINO.
            ENVOLVANOS COM TEU PODER E ILUMINE-NOS COM TUA LUZ VIVA.
            TU, QUE A TUDO GERAS E QUE ESTÁS EM TUDO O QUE GEROU E ESTÁ EM  NÓS, GERAÇÕES TUAS, FORTALEÇA A NOSSA ALMA IMORTAL E RESPLANDEÇA NOSSO ESPÍRITO HUMANO, LIVRANDO O NOSSO ÍNTIMO, NOSSA MENTE E NOSSA CONSCIÊNCIA DAS VIBRAÇÕES NOCIVAS E CONTRÁRIAS AO DESTINO QUE RESERVASTES PARA CADA UM DE NÓS, TEUS FILHOS E RAZÃO DA TUA EXISTÊNCIA EXTERIOR. AFASTES DO NOSSO DESTINOS OS MAUS PENSAMENTOS, OS DESVIRTUADOS SENTIMENTOS E AS AÇÕES CONTRÁRIAS AOS TEUS DESÍGNOS PARA NOSSA VIDA.
            AMADO OLORUM, QUE OS TEUS SETE MISTÉRIOS VIVOS SE MANIFESTEM NESTAS SETE VELAS FIRMADAS AO REDOR DA TUA VELA BRANCA E QUE ELES, TEUS MANIFESTADORES DIVINOS E TEUS EXTERIORIZADORES, SE ASSENTEM À NOSSA VOLTA E NOS CUBRAM COM SUAS LUZES VIVAS E DIVINAS, NOS ENVOLVAM EM SUAS VIBRAÇÕES ORIGINAIS E AFASTEM DA NOSSA VIDA E DE NOSSO DESTINO TUDO O QUE FOR CONTRÁRIO AOS TEUS DESÍGNOS PARA CONOSCO E INUNDE-NOS COM TEUS EFLUVIOS DE AMOR E DE FÉ, DE SABEDORIA E DE TOLERÂNCIA, DE RESIGNAÇÃO E DE COMPREENSÃO, POIS, SÓ ASSIM, AMOROSOS E REVERENTES, SÁBIOS E TOLERANTES RESIGNADOS E COMPREENSIVOS QUANTO A NOSSA VIDA E AO NOSSO DESTINO, CUMPRIREMOS OS TEUS DESÍGNOS PARA CONOSCO E OS MANIFESTAREMOS ATRAVÉS DA NOSSA CONSCIÊNCIA, DA NOSSA MENTE, DOS NOSSOS PENSAMENTOS, DOS NOSSOS ATOS E DAS NOSSAS PALAVRAS.
            QUE ESTA MINHA CASA SEJA TUA CASA E QUE NESTA TUA CASA OS TEUS 7 MISTÉRIOS SE ASSENTEM E FAÇAM DELA AS SUA MORADA HUMANA, POIS SÓ ASSIM, ABENÇOADO PELA TUA PRESENÇA VIVA E SAGRADA E A PRESENÇA VIVA E DIVINA DOS TEUS 7 MISTÉRIOS VIVOS AQUI NESTA CASA, ÑÃO HAVERÁ DOENÇAS INCURÁVEIS, FOMES INSACIÁVEIS E DISCÓRDIAS INSOLÚVEIS.
            SÓ ASSIM OS MAUS E OS MALES NÃO ENCONTRARAM ABRIGO NA MINHA MORADA, QUE É A TUA MORADA E A MORADA DOS TEUS MISTÉRIOS VIVOS E DIVINOS, OS SAGRADOS SENHORES ORIXÁS.
            BÊNÇÃOS!, BÊNÇÃOS!, BÊNÇÃOS!, SENHOR DA NOSSA VIDA E DO NOSSO DESTINO!
            SALVE!, SALVE!, SALVE!,  SENHORES DA NOSSA VIDA E DO NOSSO DESTINO!
            PAZ E LUZ, AMADO OLORUM!


            Após essa oração evocatória, todos devem permanecer em absoluto silêncio por algum tempo, só mentalizando luzes e vibrando bons sentimentos.
            Neste momento devem mentalizar suas dificuldades e clamar pela dissolução delas; devem mentalizar seus inimigos ou seus perseguidores e opressores e clamar pela transmutação dos seus sentimentos negativos (ódios, inveja, etc.), dissolvendo e diluindo da vida e do destino deles e dos seus, todas as coisas contrárias aos desígnios divinos para com todos nós.
            Após isso feito, todos devem agradecer a Olorum e a seus 7 mistérios vivos e ajoelhar e cruzar o solo com respeito e com reverência , deixando as cadeiras postas à volta da mesa até que todas as velas se queimem.
            No dia seguinte devem recolher o resto das velas e os elementos no prato e nos pires e despacha-los na terra ou em água corrente, pedindo à natureza que reabsorva os restos do que ela, generosamente, nos havia dado.

          Retirado do livro: Orixás Teogonia de Umbanda – Rubens Saraceni.
Que Olorum abençoe a todos
Monica Berezutchi
Junho de 2004

Ectoplasma na Umbanda

Um dos elementos bioenergéticos mais utilizados por Caboclos, Pretos-Velhos, Exus e Crianças, seja em atividades curativas, harmonizatórias, e, também, em neutralização de demandas, é o denominado Ectoplasma.

O Ectoplasma, que tem despertado um grande interesse por parte das religiões mediúnicas e de cientistas de todo o mundo, é uma substância material, visível ou não, consoante sua quantidade e densidade, absorvida/produzida pelo corpo humano a partir da fusão e posterior metabolismo de quatro fluidos, quais sejam fluidos astrais (química astral); fluidos da natureza (raios solares, raios lunares, gases etc.); e fluidos orgânicos e inorgânicos de nosso planeta (minerais, vegetais e animais).

É de conhecimento também que o ectoplasma localiza-se nas células humanas, constituindo-se como uma parte etérica das mesmas. Esta matéria, que em alguns casos de acúmulo excessivo, apresenta-se como uma geléia viscosa, de cor branca, semi-líquida e que sai através dos principais orifícios do corpo humano (boca, narinas, ouvidos etc.), é um dos elementos integrantes de nosso corpo vital (duplo etérico), sendo o envoltório intermediário entre o perispírito (corpo astral) e o corpo físico.

É o dinamizador da parte bio-fisiológica do ser humano encarnado. É encontrado em maior quantidade na altura dos centros de força (chakras) Gastrico e básico.

Não vamos nos ater a discorrer sobre o emprego de ectoplasma na materialização de espíritos e objetos, situações em que deve haver um grande acúmulo de ectoplasma nos doadores desta substância, mas sim na sua utilização por parte dos espíritos trabalhadores de nossa elevada Umbanda.

Os Caboclos, Crianças, Exus e Preto-Velhos (as quatro formas fluídico-perispirituais de manifestação de espíritos na Umbanda) costumam utilizar o ectoplasma de seus médiuns para os mais variados fins (lembre-se: espíritos não têm corpo vital, logo não têm ectoplasma.

Nos trabalhos de cura, costumam aplicá-lo nos centros de força dos assistentes, a fim de reequilibrar o fluxo energético (absorção e emanação de energias).

Nos trabalhos direcionados ao desmanche de baixa magia, as entidades potencializam a substância ectoplasmática, deslocando-se a lugares onde está a origem material da feitiçaria (objetos vibratoriamente magnetizados), passando a manipular tais materiais, desmagnetizando-os e neutralizando as demandas.

Devido aos espíritos utilizarem o ectoplasma humano em algumas tarefas onde há a necessidade deste fluido vital, muitos médiuns, ao término de uma sessão ou gira, sentem-se fatigados, cansados, exauridos de energia, e com apetite aguçado.

Esta situação ocorre em grande parte, e em vários graus, conforme a quantidade sorvida, em razão da retirada de parte do ectoplasma do médium por parte dos espíritos trabalhadores.

É um acontecimento natural, facilmente dirimido pela ingestão de líquidos como água pura, sucos, refrigerantes, comestíveis, e, se possível, um ligeiro repouso. Após um curto espaço de tempo o ectoplasma volta a seu nível normal.

O Ectoplasma ainda é assunto a ser mais explorado. A cada dia surgem novas informações sobre este nobre fluido que é de suma importância para a Humanidade.

O que se deve ter em mente, principalmente por parte dos médiuns sérios, é que a maior qualidade do fluido vital ectoplasmático está diretamente ligada aos hábitos do indivíduo, enquanto membro de uma sociedade heterogênea.

Portanto, é de suma importância que não se abuse de bebidas alcoólicas, fumo e sexo, que, se ingeridos ou praticados em demasia, poderão influenciar na maior ou menor eficácia de determinados trabalhos espirituais.

Sarava a Umbanda!


Texto de  André Luiz Rocha  
no site: http://refugiodosorixas.blogspot.com.br/

Oração do Credo na umbanda

Creio em Deus, no seu poder, na sua luz e no seu perdão.
Creio nos Orixás amparando as nossas vidas.
Na comunicação dos guias encaminhando-nos para a caridade e a pratica do bem.
Nas falanges espirituais influenciando os homens na vida terrena.
Creio na reencarnação da alma, na justiça divina da lei do Retorno como doutrina espiritual.
Na invocação do espírito, na prece e na oferenda como atos de fé.
Creio na umbanda como missão e caminho.
Para seguir o pai Oxalá!

Obrigações e Oferendas na Umbanda

Já imaginaram o que seria do mundo se toda pessoa que quisesse algo em sua vida, era só ir fazer uma oferenda a um Orixá, Guia, Santo, Exu ou Pomba-Gira, barganhar e pronto? Ou seja, era só comprar o que o Orixá ou Guia mais gostasse, porque onde eles moram não tem mercado, feira, nem casa de artigos religiosos, e por isso precisam que nós os agrademos com bebidas, comidas, charutos, velas, ou seja, coisas materiais, para poderem satisfazer nossos egos incapacitados e muitas vezes doentio. Pra que fazer vestibular? Pra que estudar muito pra ser um bom profissional? Pra que trabalhar? Pra que ser honesto? Pra quer perdoar? Pra que ter honra e honestidade? Seria legal, através de uma oferenda eu conseguir o homem ou a mulher que eu quero. Não existiram mais doenças. O campeonato de futebol não seria mais resolvido no gramado, mas sim, nas encruzilhadas. Quando eu não gostasse de alguém seria fácil: era só fazer um feitiço e essa pessoa sumiria. Dinheiro então nem se fale; era só levar uma oferenda na Natureza e no outro dia eu ganharia na loteria. Fácil né? É assim então? Se for, não preciso mais me esforçar pra nada nesse mundo, pois, é só fazer uma oferenda ou despacho e está tudo resolvido. Pra que então perdermos tempo atendendo as pessoas num Templo Umbandista, com orientações e evangelização, se nós tivéssemos a certeza que basta uma oferenda ou despacho para que o problema daquela pessoa, seja qual for, fosse resolvido. É mais fácil então uma só pessoa atender a todos no Templo, colocando os problemas das pessoas em um buscador da internet; encontrando o despacho ou oferenda condizente, era só tirar uma cópia, dar na mão do consulente e mandar ele se virar pra realizar o ato que tudo estaria resolvido em sua vida. 
Devemos então jogar fora o Evangelho e achar que Jesus foi um tolo inocente por querer que todos fizessem Reforma Íntima e nos melhorássemos para sermos felizes. Jesus também foi mentiroso quando nos disse: “Eu sou o caminho, a verdade a vida; ninguém chega ao Pai a não ser através de mim”. Uma coisa é interessante: vemos todo mundo buscar Jesus para resolver os seus problemas, mas nunca vimos ninguém montar uma oferenda para Ele, a fim de conquistar os Seus favores. Por quê? Fácil: ninguém nunca ensinou ou disse que Ele facilitaria as coisas com oferendas. Com Jesus não se barganha; Jesus não se compra; Jesus se conquista; Jesus é pura doação. Seus favores somente chegam a quem merece de fato, pois entenderam o seu Santo Evangelho; mudam suas vidas. Será que com os Sagrados Orixás também não é assim? Será que para conquistar o apreço dos Orixás também não teríamos que nos reformar, nos melhorar, sermos amorosos e caridosos? Alguém (com certeza não foram Guias Espirituais da Umbanda), no passado, ensinou que para se obter favores dos Orixás bastaria agradá-los com oferendas (ou ebó). Alguém (com certeza não foram Guias Espirituais da Umbanda) ensinou que para todo problema existe uma oferenda (ou ebó) conciliatória. Atentem que nos ensinaram que para se chegar a um Orixá, deveríamos, por obrigação, realizar uma oferenda, com comidas e bebidas, senão este Orixá não se achegaria em nossas vidas. Será que é assim?
Muitos umbandistas abandonaram a religião, dizendo que cansaram de realizarem oferendas e despachos, e os Orixás nunca os ajudaram; suas vidas continuaram na mesma; nada foi resolvido; alias, piorou; gastaram o pouco que tinham.

Essa é uma tradição africana; aceita e praticada pelas religiões afro-descendentes.

A Umbanda não é afrodescendente.
A Umbanda é crística e brasileira.
Templo da Estrela Azul – Pai Juruá